Sindicalismo e meios de comunicação

21/08/2015 Novidades

Karl Marx, cientista político e filósofo afirmava que “as ideias dominantes de uma época são as ideias das classes dominantes”. A frase aplica-se em regimes democráticos ou não.

Numa sociedade capitalista como a nossa as ideias dos trabalhadores são totalmente solapadas pelo pensamento hegemônico da burguesia.

Assim também ocorre nos meios de comunicação, responsáveis por difundir a cartilha do patronato.

Temos acompanhado recentemente os ataques impetrados pela grande mídia contra o movimento sindical. É uma verdadeira batalha desigual na qual não temos direito de respostas nem espaço.

Manchetes sensacionalistas e matérias infundadas tentam, a todo momento, desqualificar a organização sindical e sua luta em defesa dos trabalhadores. Aferram-se a fatos isolados para jogar na vala a credibilidade e o trabalho de dirigentes sindicais pautados pela ética e trabalho. Tentam criar o senso comum de que todo sindicalismo é vendido e fisiológico.

Os proprietários dos meios de comunicação pagam péssimos salários, patrocinaram a não obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista, precarizam as relações de trabalho por meio da nefasta figura dos PJs, realizam demissões em massa e ainda querem ensinar ao movimento sindical lições de moral e ética na relação junto aos trabalhadores.

Torna-se urgente cada vez mais o movimento sindical valorizar a comunicação em suas instituições para que possamos retratar a realidade dos fatos, mostrar o Brasil real. Os meios de comunicação são concessões públicas e têm por dever a isenção de valores, a imparcialidade na divulgação de informações e a construção de uma via de mão dupla entre os lados entrevistados.

Os projetos neoliberais cada vez mais ganham voz nos meios de comunicação descompromissados com os interesses da classe trabalhadora. Uma política editorial de manipulação contra os interesses populares, sempre a favor das elites e de ataque direto ao movimento sindical vem sendo orquestrada há tempos.

Somente a mobilização, o trabalho e políticas de formação nos sindicatos serão capazes de frear os ataques da burguesia e dos donos do capital contra os sindicatos. A ditadura da mídia contra a classe trabalhadora precisa ser combatida.

A diretoria do Sindicato dos Securitários do Estado de São Paulo acredita ser imprescindível regras para garantir o equilíbrio informativo, o respeito à privacidade e a honra das pessoas. Sindicalismo e meios de comunicação Calisto Cardoso de Brito Presidente

Fonte extraída: http://www.securitariosp.org.br/Arquivos/jornalagosto2015site.pdf